Suspeito de matar miss no Paraná fez tatuagem de rosto feminino em referência à vítima, diz polícia
08/06/2025
(Foto: Reprodução) Quatro suspeitos foram presos em operação, sete anos após crime. Bruna Zucco Segatin, de 21 anos, e Valdir de Brito Feitosa, de 30, foram encontrados mortos em Altônia, em março de 2018. Segudo polícia, tatuagem mostra mulher com rosto deformado por chamas.
Polícia Civil de Altônia/Facebook
O homem suspeito de matar Bruna Zucco Segatin tatuou um rosto feminino na mão em referência a ela, de acordo com a Polícia Civil do Paraná (PC-PR). A vítima tinha 21 anos quando, em 2018, foi encontrada morta ao lado de Valdir de Brito Feitosa, de 30. O crime aconteceu em Altônia, no noroeste do Paraná, cidade em que a jovem foi eleita miss.
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A tatuagem foi descoberta durante a prisão do suspeito neste sábado (7), em Palmas, na região sul do estado, sete anos após o duplo homicídio. O nome dele não foi divulgado.
As investigações mostraram que ele morava em Santa Catarina e foi contratato para ir a Altônia cometer o crime. O alvo era somente Valdir, mas Bruna estava acompanhando o empresário e também foi morta a tiros.
O delegado Reginaldo Caetano explicou ao g1 que o desenho tatuado no suspeito retrata uma mulher com parte do rosto em chamas. O corpo de Bruna foi localizado carbonizado na caçamba de uma picape.
Tatuagem na mão do suspeito de cometer o duplo homicídio.
Polícia Civil de Altônia
Na operação deste sábado, outros três homens também foram presos, sendo que um deles foi identificado como mandante. Os cinco mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão foram cumpridos em Pato Branco, no sudoeste do Paraná, em Palmas e em Balneário Camboriú (SC).
Eliezer Lopes de Almeida, investigado como sendo o intermediador, é de Pato Branco e está foragido. O g1 tenta identificar a defesa dele.
Investigação
Suspeitos da morte de Miss Altônia em 2018 são presos em operação
Conforme o delegado, os crimes foram motivados pela disputa entre grupos que atuam no contrabando e no tráfico de drogas.
Bruna havia sido eleita Miss Altônia e foi morta, segundo o inquérito, porque estava na companhia de Valdir - suspeito de realizar contrabando de cigarros. Caetano explicou que ela não tinha envolvimento com os crimes ou com a disputa.
O suspeito de ser o mandante tem ligação com o tráfico de drogas, de acordo com a polícia. Ele teria planejado o crime, contratando um pistoleiro de Santa Catarina - que hoje em dia tem a tatuagem do rosto feminino na mão - e dado apoio financeiro para que o homem morasse por alguns dias em Altônia até que fosse possível abordar Valdir.
No momento da abordagem, Bruna estava junto a ele e também foi morta. Os dois foram atingidos por tiros.
No total, foram sete anos de investigação. A polícia divulgou que indícios importantes foram destruídos pelo incêndio onde os corpos estavam, e isso dificultou o trabalho.
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Relembre o caso
Bruna tinha 21 anos quando foi morta e havia sido eleita Miss Altônia.
Reprodução/Facebook
A Miss Altônia Bruna Zucco, de 21 anos, foi vista pela última vez na madrugada de 22 de março de 2018, depois de sair da faculdade.
Na manhã do mesmo dia, dois corpos foram encontrados carbonizados em uma picape em uma estrada rural do município.
Picape foi encontrada em chamas na manhã do dia do desaparecimento.
Divulgação/Polícia Militar
Desde o início das investigações a polícia trabalhava com a hipótese de que os corpos encontrados queimados eram das vítimas. O irmão de Feitosa já havia reconhecido o carro e uma caixa de ferramentas que estava na caçamba do veículo.
Os moradores de Altônia relataram o clima tenso na cidade após os crimes, e disseram que esperavam que uma solução rápida.
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