Preta Gil deixa imortal marca de alegria na música brasileira com discografia festiva feita nos tons da diversidade

  • 20/07/2025
(Foto: Reprodução)
Preta Gil (1974 – 2025) fez fama como cantora e empresária sem se escorar no sobrenome do pai famoso, Gilberto Gil Globo / Maurício Fidalgo ♫ OBITUÁRIO ♬ Preta Gil deixa imorredoura marca de alegria na música brasileira ao sair de cena aos 50 anos, a menos de um mês de completar 51 anos, após longa batalha contra o câncer de intestino diagnosticado no início de 2023. A morte da artista, nos Estados Unidos, enluta o Brasil. Preta Maria Gadelha Gil Moreira (8 de agosto de 1974 – 20 de julho de 2025) nunca escondeu que era uma pessoa de festa. Esse temperamento festivo, assumidamente exibicionista, transpareceu na discografia da artista carioca. Tanto que Preta fez literalmente o Carnaval com o Bloco da Preta, show que foi para as ruas e virou atração concorrida na folia do Rio de Janeiro (RJ) a partir de 2009. Gravado ao vivo em outubro de 2013, quando a artista celebrava dez anos de carreira fonográfica iniciada em 2003 com a edição do álbum Prêt-à porter, esse show folião se transformou no álbum ao vivo e DVD Bloco da Preta, quinto título da discografia da artista. Antes de ser cantora, Preta Gil trabalhou nos bastidores do mercado musical. O início foi como estagiária na agência de publicidade DM9, de Nizan Guanaes, Preta trabalhou na produção de clipes como funcionária e sócia da empresa Dueto, de Monique Gardenberg. O fato de ter se tornado cantora somente fortaleceu o caráter empreendedor de Preta Gil. A artista também virou empresária de sucesso e esse êxito ajudou a alavancar a carreira construída pela artista na música sem se escorar na obra do pai, Gilberto Gil, gigante da MPB. Se alguém famoso avalizou a carreira musical de Preta Gil, foi a cantora e compositora Ana Carolina, que deu a ótima música Sinais de fogo (2003) – parceria de Ana com Antonio Villeroy – para o primeiro álbum de Preta, o já mencionado Prêt-à porter, famoso tanto por essa canção aliciante quanto pela capa em que Preta posou nua. No segundo álbum, Preta, editado em 2005, a artista deu sequência à determinação de procurar a própria turma na música brasileira, se cercando de instrumentistas e compositores da própria geração como Betão Aguiar, Davi Moraes – autor da música Medida do amor – e Pedro Baby. O álbum Preta repercutiu menos do que o antecessor. Mas Preta Gil virou o jogo a partir de 2007, quando estreou o show Noite preta em uma pequena casa na zona sul do Rio de Janeiro (RJ). O boca-a-boca entre anônimos e famosos, como Lulu Santos, admirador declarado do show, fez com que Noite Preta crescesse na cena carioca com aura hype a ponto de o show fixar residência na boate gay The Week. Nasceu ali publicamente a vocação de Preta Gil para ser musa da comunidade LGBTQIA+. Foi na boate que a cantora gravou o show Noite preta em outubro de 2009 para lançar, em agosto de 2010, o álbum e DVD Noite preta ao vivo, terceiro título da discografia da artista. Amiga fiel, Ana Carolina forneceu o hit do disco, Stereo, música dançante composta com o parceiro Antonio Villeroy. Àquela altura, Preta Gil já tinha feito o próprio nome na música brasileira. Tanto que o pai Gilberto Gil participou com o neto Francisco Gil, filho de Preta, da gravação da canção Drão (1982), composta por Gil para a ex-mulher Sandra Gadelha, mãe de Preta. Em 2012, Preta lançou o quarto álbum, Sou como sou, lançando mais uma música de Ana Carolina, Batom, parceria da compositora com Chiara Civello e Diana Tejera. O último álbum de estúdio de Preta, Todas as cores, saiu em 2017, ano em que empreendedora artista se tornou uma das sócias e fundadoras da Music2Mynd, empresa de música e marketing que se fortaleceu no segmento do entretenimento. No disco Todas as cores, Preta Gil cantou repertório inédito composto nos tons da diversidade. Grito de afirmação dos guetos, espécie de desacato das minorias aos haters e ratos da web, Vá se benzer (Leonardo Reis, Deco Simões, Emerson Taquari e Sergio Rocha) foi a música que juntou Preta com a madrinha Gal Costa (1945 – 2022). O samba Decote ((Pablo Bispo, Yuri Drummmond e Rodrigo Gorky), cantado por Preta com Pabllo Vittar e gravado com o toque do cavaquinho de Dudu Nobre, também se destacou no álbum e reiterou que o canto de Preta Gil será sempre sinônimo de alegria, diversidade e festa na música brasileira.

FONTE: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/blog/mauro-ferreira/post/2025/07/20/preta-gil-deixa-imortal-marca-de-alegria-na-musica-brasileira-com-discografia-festiva-feita-nos-tons-da-diversidade.ghtml


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